quinta-feira, 19 de novembro de 2009

As opções totalitárias

O fim da Primeira Guerra Mundial trouxe a instauração do demoliberalismo. Este modo de governo defendia os direitos individuais, como a liberdade e a igualdade, e assentava na divisão dos poderes (executivo, legislativo e judicial). A vitória dos Aliados pareceu inaugurar uma ordem internacional mais justa e fraterna, procurando o triunfo das nacionalidades e os progressos da democracia.

Na Rússia, os ideais bolcheviques trazidos pela revolução de Outrubro de 1917 proliferaram um pouco por toda a Europa. Perante as profundas dificuldades económicas que se verificaram no pós-guerra (dívidas a pagar, pagamento dos prejuízos da guerra, etc), as pessoas estavam insatisfeitas com o estado da economia e com o sistema capitalista, adoptado pela maior parte dos países, e que parecia não encontrar soluções para esta situação desesperante. Neste contexto, grandes greves e movimentos revolucionários sacudiram a Europa, pois o proletariado seduzia-se pela experiência bolchevista. Via nesta uma alternativa que podia melhorar a situação de crise.

Verificaram-se, assim, levantamentos revolucionários de tipo bolchevista um pouco por todo o continente europeu, mas não tardou a que começassem a surgir os primeiros movimentos autoritátios de direita. O medo do bolchevismo atingiu a grande burguesia proprietária e financeira, bem como as classes médias de funcionários e pequeno-burgueses. Preocupados com a crescente inflação que os prejudicava, consumindo-lhes o poder de compra, começaram a integrar uma série de protestos, atribuindo à democracia liberal, e ao parlamentarismo, a instabilidade política e a incapacidade de resolução da crise económica e social. Este tipo de movimentos surgiu especialmente nos países onde a democracia liberal não dispunha de raízes sólidas e onde a guerra provocara graves problemas económicos, humilhações e insatisfações.

Os primeiros governos autoritários começaram a surgir rapidamente, merecendo principal destaque o governo da Alemanha, com Hitler; o governo da Itália, com Mussolini; e o governo da URSS, com Estaline.



Fig.1 - Hitler


Fig.2 - Mussolini


Fig. 3 - Estaline

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A crise de 1929

Para melhor compreender a crise de 1929, que teve origem dos Estados Unidos da América e que se espalhou pelo mundo, elaborei este pequeno esquema. Parece-me que consegue explicar muito no geral o modo como a crise deflagrou.













A crise de 1929 trouxe muitas dificuldades aos Estados Unidos da América e iniciou-se um processo desencadeado de consequências:
  • à medida que os bancos iam entrando em falência, as empresas foram deixando de ter o apoio do crédito bancário e viram os seus stocks acumular, sentindo, por isso, necessidade de diminuir os preços e o volume de produção. Muitas destas empresas faliram e despediram os seus trabalhadores;
  • os cidadãos, agora enfrentando o desemprego, retraíram as suas compras, pois tinham menos poder de compra e já não podiam contar com o seu salário;
  • devido à falta de consumidores e aos excessos de produção, os agricultores baixaram os preços dos seus produtos ou destruíram as produções.