domingo, 25 de abril de 2010

O colapso do bloco soviético

A intolerância da política soviética e as duras críticas apontadas aos tempos de Brejnev debilitaram a autoridade dos líderes comunistas dos países de Leste. Há muito reprimida, a contestação ao regime imposto por Moscovo alastrou e acumulou, começando a corromper as estruturas do poder. E, ao contrário do que acontecera no passado, a linha dura dos partidos comunistas não pôde contar com a intervenção militar russa, para controlar a situação. Confiante no clima de concórdia que estabelecera com o Ocidente, Gorbatchev passou a olhar as democracias populares como uma responsabilidade pesada, da qual a URSS só ganhava em libertar-se. Isto porque a União Soviética já não possuía meios para sustentar a economia dos seus satélites. Ao concluir que precisava de revitalizar a economia da URSS, Gorbatchev procurou e incentivou a libertação destes países; quanto mais os satélites dependessem da URSS, mais a economia desta ficava debilitada.

Os antigos países-satélites da URSS puderam, finalmente, escolher o seu regime político. No ano de 1989, uma vaga democratizadora varreu o Leste: os partidos comunistas perderam, um após outro, o seu estatuto de "partido único" e, pouco depois, realizaram-se as primeiras eleições livres do pós-guerra.

Neste contexto, a cortina de ferro que , há quatro décadas, separava a Europa, levantou-se: as fronteiras com o Ocidente foram abertas e, em 9 de Novembro, perante um mundo espectante, caiu o Muro de Berlim. Face à queda do Muro e ao colapso dos regimes comunistas, a divisão da Alemanha já não fazia sentido. Após algumas negociações entre os dois estados alemães e os quatro países que ainda detinham direitos de ocupação, a Alemanha reunificou-se. No mês seguinte foi anunciado o fim do Pacto de Varsóvia e, pouco depois, a dissolução do COMECON.




Fig.1 - Queda do Muro de Berlim.

Fig.2 - Queda do Muro de Berlim.

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