O fim da Segunda Guerra Mundial ditou o rápido desmoronamento do domínio europeu no Mundo. E o conflito, que exigiu também pesados sacrifícios às colónias, despertou os povos para a injustiça da dominação estrangeira.
Fomentando sentimentos de rebeldia, a guerra pôs ainda em evidência as fragilidades da Europa. Os estados europeus mostraram-se incapazes de defender os seus territórios da invasão estrangeira. Desprestigiados e com a economia arruinada, os países coloniais viram-se impotentes para suster a vaga independentista que, terminando, o conflito, assolou a Ásia e a África.
Mas nem todos se opunham à descolonização e aos efeitos demolidores da guerra juntaram-se as pressões exercidas pelas duas superpotências, que apoiavam os esforços de libertação dos povos colonizados. Lembrando o seu próprio passado e defendendo os seus interesses económicos, os Estados Unidos da América sempre se mostraram adversos à manutenção do sistema colonial, e a URSS, prevendo a revolta dos oprimidos pelos interesses económicos capitalistas, não desperdiçou a possibilidade de estender, nos países recém-formados, o modelo soviético. Fundada sob o signo da igualdade entre os povos do Mundo, também a ONU se constituiu como um baluarte internacional da descolonização ("Desenvolver relações amistosas entre as nações baseadas no respeito do príncípio da igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos e tomar outras medidas apropriadas ao fortalecimento da paz universal." - Doc.8 do manual escolar, vol.2. Carta das Nações Unidas).
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